visão da Igreja católica sobre sexo

A visão da Igreja Católica sobre sexo

Se alguém te perguntasse “qual a visão da Igreja Católica sobre sexo?”, quais pensamentos viriam a sua cabeça?

Antigamente o principal pensamento que me viria era o de repressão.

Como muitas pessoas, eu até obedecia a Igreja em relação ao assunto, mas sempre sentia que ela estava reprimindo os meus desejos.

Isso acontecia principalmente quando eu ouvia inúmeras pessoas falando das maravilhas de se fazer sexo no namoro ou mesmo antes dele.

Em outras palavras, eu estava obedecendo à religião, mas só por obrigação, eu não estava convicto daquilo que eu vivia.

E isso não foi uma realidade só minha.

Ao conversar com jovens, percebo que muitos deles estão nessa situação: estão com inveja daqueles que fazem sexo antes do casamento, porque eles aparentam ser mais livres, mais felizes.

E eu também tinha esse sentimento, muito alimentado pelas pessoas ao meu redor, mas também pelas páginas progressistas, pelas músicas populares, pelas danças, pelas séries e novelas, enfim, todas essas coisas tratavam o sexo como algo banal, tal como beber água ou trocar de roupa.

Em contrapartida, tudo isso nos faz pensar que Catolicismo não gosta da relação sexual, que acha algo errado, do demônio!

Como eu era um católico morno (aquele ia na Missa aos domingos, mas não seguia os demais mandamentos), em nenhum momento fui pesquisar e tentar entender melhor a visão da Igreja Católica sobre sexo.

A verdadeira visão do Catolicismo sobre a relação sexual

Até que o tempo foi passando e eu tive a graça de sair da mediocridade.

Ao me converter e realmente me tornar um católico, comecei a buscar mais conhecimento sobre a doutrina da Igreja.

Pouco a pouco eu fui entendendo que ela não estava me reprimindo, mas sim me protegendo.

Há um tempo eu vi uma imagem que representava justamente isso.

No desenho, havia um rapaz que estava rodeado de cercas, tal como as ovelhas ficam. Mas ele sempre reclamava muito, pois se sentia aprisionado.

Por isso, ele decidiu pular a cerca. Assim que pulou, caiu em um precipício que rodeava o lugar e morreu. É que as cercas não estavam aprisionando-o, estavam protegendo-o do precipício.

Dessa forma, quando o sexto mandamento diz para vivermos a castidade e, consequentemente, não praticarmos a fornicação, ele não está reprimindo os nossos desejos, ele está protegendo-nos dos malefícios do pecado.

E mais do que isso, o Cristianismo não trata a relação sexual como algo banal, sem importância e descartável como o mundo trata. Ao contrário, ele a trata de forma santa e sagrada.

Como conta o Catecismo da Igreja no seu parágrafo 2361:

“A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se dão um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é algo de puramente biológico, mas diz respeito à pessoa humana como tal, no que ela tem de mais íntimo”.

Perceba, portanto, que a união sexual é bem mais do que biologia, é algo sacro e de grande significado.

A união sexual no plano de Deus

plano de Deus união - A visão da Igreja Católica sobre sexo

Na Carta Encíclica Humanae Vitae (1968) – também citada no artigo que fiz sobre o real significado de castidade – o Papa Paulo VI discorre sobre as duas dimensões e finalidades da relação sexual.

 A primeira delas é a dimensão PROCRIATIVA.

Deus deu ao homem e a mulher o dom de gerar a vida por meio do sexo: algo lindo e extraordinário.

Dessa maneira, para a união sexual estar de acordo com a lei de Deus, é necessário que ela esteja aberta à vida.

Portanto, qualquer meio artificial de contracepção (camisinha, contraceptivos, cirurgias etc), bem como o coito interrompido, é pecado grave, pois contraria a finalidade procriativa do sexo.

A segunda dimensão é a UNITIVA.

Por meio da união sexual, o casal se torna “uma só carne” como diz o autor sagrado (cf. Gn 2, 24); esse ato é a consumação do Matrimônio.

Ao unirem suas carnes, homem e mulher  se dão inteiramente um ao outro. Essa união gera um prazer maravilhoso e uma alegria extrema 💕.

Portanto, o casal não deve apenas ter relações para reproduzir, pois isso quem faz são os cachorros, cavalos e outros animais. É necessário que haja também prazer e alegria!

Agora, fica a pergunta: faz sentido eu me dar inteiramente a outra pessoa e alguns minutos depois ela ir embora, fingindo que nada aconteceu? Certamente não.

Por essas razões, o sexo só deve ser vivido dentro do Matrimônio, pois apenas nele encontra-se o compromisso eterno de amor de um para com o outro, e só nele há a estrutura necessária para criar os filhos que forem gerados.

É ou não é uma visão surpreendente, principalmente para os críticos da Igreja?

Deu para perceber o zelo que ela tem com a união sexual? E o quão sagrado e quão misterioso é essa relação?

Enraizando o conhecimento…

Desse modo, nesse artigo você aprendeu qual a verdadeira visão da Igreja Católica sobre o sexo: ela não é contra e muito menos acha que ele é coisa do diabo.

Ao contrário, ela considera a relação sexual algo santo, sagrado e de grande significado.

Por conta disso, o ato sexual NÃO pode ser blasfemado e vivido de qualquer jeito, mas sim dentro do Matrimônio, pois somente nele as suas duas finalidades (união e procriação) podem ser vividas de forma plena.

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Gabi Silva
Gabi Silva
2 anos atrás

Parabéns pelo site, pela bela missão e conteúdo. Li um artigo atrás do outro e já apreendi muito! Deus abençoe.

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Talia
Talia
3 anos atrás

Muito bom o artigo.